2)
Orgulho
A
outra atitude que precisamos estar em guarda contra ela é o orgulho. Isso pode rastejar
para dentro de nós sem que percebamos. Se houve algum tipo de fidelidade da nossa
parte, pode haver uma tendência de menosprezarmos, com pensamentos
depreciativos sobre os nossos irmãos que não mostrem o mesmo interesse que
temos. Precisamos ter cuidado com isso. Existe o perigo de ficar inchado de
orgulho e pensar que somos melhores do que os nossos irmãos. Estamos indo na
direção da queda quando esse é o caso, porque “A soberba precede a ruína, e
a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16:18).
Não queremos nos ocupar do
fracasso ao nosso redor, nem queremos ficar ocupados com nossa própria
fidelidade, se há alguma em nossa vida. Você pode entender por que Paulo disse
isso a Timóteo. Muitos estavam abandonando o apóstolo. Ele disse: “os que
estão na Ásia todos se apartaram de mim” (2 Tm 1:15). Ele também disse: “Só
Lucas está comigo” (2 Tm 4:11). Não restaram muitos com disposição para
servir o Senhor da maneira que o apóstolo queria e você pode ver que existia o
perigo de Timóteo ter a ideia de que ele era melhor do que seus irmãos.
Você sabe, uma atitude de superioridade é uma coisa
perigosa entre o povo do Senhor. Os santos reunidos precisam estar
especialmente atentos contra isso porque foram extremamente privilegiados,
tendo sido expostos a muita verdade que se perdeu por séculos. Podemos ter uma
atitude sobre isso que certamente desagrada ao Senhor. Podemos ter a ideia de
que somos melhores do que nossos irmãos que foram espalhados nas várias denominações,
e achar que somos “os poucos fiéis” que restaram. É possível estar correto na
doutrina, correto em princípio e até mesmo correto na conduta externa, mas
estar errado em espírito. Podemos ter uma atitude que vai desviar outros Cristãos
ao invés de atraí-los para a verdade.
O servo do Senhor precisa entender que qualquer
fidelidade que tenha havido em sua vida é inteiramente por causa da obra da
graça de Deus. Precisamos servir com um profundo sentimento de que não somos em
nada melhores do que qualquer um de nossos irmãos nas denominações. Não temos
nada a nos vangloriar, senão na graça pura e soberana de Deus.
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